Bem trabalhada, a plantação de nêspera dá bom rendimento ao pequeno produtor e é considerada excelente opção para o cultivo orgânico. Tem como vantagem a colheita entre março e setembro, período de entressafra de outras frutas, como pêssego, ameixa, caqui e goiaba. A nespereira produz comercialmente a partir do segundo ano de cultivo e se estende por mais de 20 anos. Em alguns casos, pode durar mais de 50 anos. O custo inicial de cultivo é estimado em 1.600 reais, para uma área de um hectare com 200 plantas. O produtor gasta seis reais pela muda e mais dois reais por pé com o uso de insumos.
Uma opção interessante é a produção intensiva da nespereira em tamanho compacto, com o uso de marmeleiro como porta-enxerto. A técnica facilita os cuidados com a árvore, vai bem em espaçamentos adensados e proporciona elevadas produções desde as primeiras safras.
Diferente de outras frutíferas, a nespereira não precisa de podas esmeradas. Depois da colheita, recomenda-se retirar os ramos doentes e enterrá-los em local longe do pomar. Já as flores, que nascem em grandes quantidades, precisam de desbastes dos botões. Um corte na parte superior dos cachos florais é suficiente para evitar um desenvolvimento fraco das nêsperas, provocado pela competição por água e por nutrientes. É indicado deixar de três a quatro frutos nos cachos, com peso de 30 a 60 gramas, para garantir um crescimento adequado. A operação deve ser realizada várias vezes, pois a florescência ocorre em diversos períodos entre janeiro e junho.
A nêspera é uma fruta subtropical, mas também se adapta aos climas temperados e tropicais de altitude. No inverno, as árvores não derrubam todas as folhas, que chegam a suportar temperaturas bem frias, até mesmo abaixo de zero grau.
Deve-se fazer ensacamento dos frutos na fase jovem, quando têm 1,5 centímetro de comprimento. Esse cuidado ajuda no controle de ataques de pragas, como a mosca-das-frutas, e evita o aparecimento de machas-arroxeadas. Os frutos podem ser cobertos com sacos de papel tipo embalagem marrom ou com jornais. São dobrados e amarrados no caule, com a outra extremidade aberta.
As cultivares de nespereira plantadas no Brasil são do tipo japonesa, pequenas, arredondadas e pele de cor alaranjada- clara, com polpa amarela ou branca. Uma das que melhor se adaptam ao solo brasileiro é a mizuho, palavra que em japonês significa água. Após sistemáticos trabalhos de melhoramento varietal e de técnicas culturais, o IAC – Instituto Agronômico de Campinas, também desenvolveu a precoce de campinas, parmogi e néctar de cristal. São dotadas de alta produtividade e qualidade de frutas.
A primeira produção da nespereira ocorre no segundo ano de plantio, quando é possível colher cerca de 50 frutas por planta, com peso médio total de dois quilos. O volume máximo ocorre no oitavo ano de cultivo, período que pode ser colhido próximo a mil frutas, o equivalente a 40 quilos. Variedades mais produtivas alcançam volumes de 1,5 mil a dois mil frutos por planta, porém são menores. Após seis anos, consegue-se em torno de 12 toneladas por hectare em espaçamento regular de 7 x 5 metros.
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